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Fonte: Making OFF
Política, Cultura e Informação.
Por: Política Livre.
A Bahia registrou, no primeiro trimestre do ano, uma queda de 83,7% no número de notificações de casos de dengue. No mesmo período, houve uma redução superior a 600% no número de óbitos decorrentes da doença. Segundo levantamento da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Divep), da Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), nos meses de janeiro, fevereiro e março desse ano, foram notificados 12.250 casos de dengue clássico e confirmados 101 casos da forma grave da doença – dengue com complicações, febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue -, com seis óbitos. No mesmo período do ano passado, houve 75.463 notificações de dengue clássico, 328 casos graves da doença e 38 óbitos.
Institutos reagem: “Questionável é a linha editorial da Folha”
do Brasília Confidencial, via Vermelho
Textos publicados nas últimas semanas pelo jornal Folha de São Paulo, com o aparente objetivo de desacreditar os resultados das pesquisas eleitorais dos concorrentes do Datafolha e valorizar os apurados pelo instituto do Grupo Folha, produziram uma crise entre as quatro maiores empresas de pesquisa do país.
E despertaram, terça-feira e ontem, vigorosa reação dos presidentes do Vox Populi e do Sensus apoiada por integrantes do conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP).
Na terça-feira, o Vox Populi e o Sensus protestaram durante reunião da ABEP. Ontem, o diretor-presidente do Vox Populi, Francisco Meira, repetiu seu protesto a Brasília Confidencial.
“As discussões (sobre os resultados das pesquisas) deveriam manter um nível técnico, sobre as diferenças metodológicas. Infelizmente, a Folha optou por uma abordagem tendenciosa e sem argumentos consistentes. Questionável é a linha editorial da Folha de São Paulo”, atacou Francisco Meira. E continuou: “A diferença entre nós é a existência de um grande veículo de comunicação que se dispõe, talvez por solidariedade aos colegas do departamento de pesquisa, a praticar um jornalismo de má qualidade, atacando sistematicamente empresas que divulgam resultados diferentes dos que lhe interessam”.
Inversões da Folha
A origem da crise está no comportamento que a Folha de São Paulo passou a adotar logo depois que publicou pesquisa do Datafolha em que, diferentemente de todas as pesquisas de intenção de voto divulgadas neste ano, os resultados apontaram o crescimento do pré-candidato do PSDB, José Serra, e estagnação da pré-candidata do PT, Dilma Rousseff. Ao contrário também de uma tendência que o próprio Datafolha identificara um mês antes, de crescimento de Dilma e queda ou estagnação de Serra, os resultados publicados pelo instituto em 27 de março, duas semanas antes do lançamento da pré-candidatura tucana, apontaram outro cenário.
Embora o Vox Populi e o Sensus não tenham levantado suspeita sobre esses resultados apurados pelo Datafolha e exibidos pela Folha, o jornal começou a questionar o trabalho dos concorrentes, cujos resultados, em resumo, não favoreceram a candidatura tucana (veja no quadro). Eles apontaram, no fim de março e no início de abril, a continuidade do crescimento da candidatura petista e empate entre Serra e Dilma.
“Fora de contexto”
A Folha de São Paulo publicou notas insinuando que a ordem das perguntas utilizada pelo Vox Populi poderia interferir no resultado das pesquisas.
“A Renata Loprete, a Mônica Bergamo e o Fernando Rodrigues receberam uma nota de esclarecimento. Demoraram cinco dias para publicar nossa posição. Quando o fizeram, foi fora de contexto, passando ao leitor a impressão de que nossa resposta se referia a outras acusações”, afirmou terça-feira e reafirmou ontem o diretor-presidente do Vox Populi.
Poucos dias antes da divulgação da mais recente pesquisa do instituto Sensus, que mostra diferença inferior a meio ponto percentual entre Serra e Dilma, a Folha de São Paulo se voltou contra o outro concorrente do Datafolha. O jornal tentou desqualificar o trabalho do Sensus, antes mesmo de que os resultados fossem divulgados, explorando uma troca no nome do contratante da pesquisa.
“A Folha pinçou esse fato e transformou em uma matéria de primeira página que não diz absolutamente nada”, reclamou Ricardo Guedes, diretor do Sensus, na reunião com o conselho de ética da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa.
O presidente da ABEP, Waldir Pile, que intermediou o debate entre os presidentes dos institutos, disse que a associação não impõe normas de conduta aos filiados. Mas frisou que, certamente, a melhor forma para discutir eventuais discordâncias de metodologia “não é através de notas na imprensa”.
As diferença incomôdas
Instituto Datafolha (25/26 de março) >> Candidatos Serra 36% x Dilma 27%
Vox Populi (30/31 de março) >> Serra 34% x Dilma 31%
Sensus (5 a 9 de abril) >> Serra 32,7% x Dilma 32,4%
Pela primeira vez Marina Silva (PV) aparece numericamente na frente de Ciro Gomes (PSB), embora do ponto de vista estatístico ambos estejam empatados.
Veja a pesquisa completa na edição deste sábado da Folha (íntegra disponível somente para assinantes do jornal ou do UOL).
A pesquisa, registrada sob o número 8.383/2010, foi realizada nos dias 15 e 16 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Fonte: UOL
ATUALIZAÇÃO em 12 de abril às 16h43
O Viomundo acabou de conversar com a assessoria de Marco Aurélio Garcia, em Brasília, que informou: “A íntegra do acordo militar Brasil-Estados Unidos deve ser publicada entre hoje e amanhã no site do Itamaraty”.
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por Conceição Lemes
A imprensa internacional reiteradamente tem noticiado: está prevista a instalação no Brasil, mais precisamente no Rio de Janeiro, de uma base estadunidense.
Carta Capital não entrou nesse rumor e explicou por quê:
Em março, o chefe do Comando Sul dos Estados Unidos, general Douglas Fraser, reuniu-se com o presidente Lula, o ministro Nelson Jobim e o chefe da Polícia Federal. O Globo e O Estado de S. Paulo lançaram o boato, reproduzido pela imprensa internacional, sobre a negociação de uma base do Pentágono no Rio de Janeiro. Alguns jornalistas entenderam que o subsecretário de Estado, Arturo Valenzuela, confirmou esse acordo em Quito, dia 5 de abril.
Em 6 de abril, em entrevista à Telam, agência de notícias da Argentina, Marco Aurélio Garcia, assessor especial de política internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desmentiu os boatos disseminados aqui e no exterior. Carta Capital reproduziu as suas declarações.
“Não é verdade que o Brasil esteja negociando a instalação de uma base estadunidense”, afirmou Marco Aurélio. “O que existe é um programa de cooperação com os EUA contra o narcotráfico, mas que não tem nada a ver com a possibilidade de instalar uma base militar estadunidense no Brasil. Não há qualquer chance de isso acontecer.”
Em 7 de abril, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota esclarecendo acordo Brasil-EUA, que deve ser assinado brevemente:
O acordo tem como objetivo aperfeiçoar a cobertura institucional para a cooperação bilateral já existente e futura em áreas como: a) visitas de delegações de alto nível, b) contatos em nível técnico, c) encontros entre instituições de defesa, d) troca de estudantes, instrutores e pessoal de treinamento, e) eventos de treinamento e aperfeiçoamento, f) visitas de navios, g) eventos esportivos e culturais, h) iniciativas comerciais relacionadas à defesa, e i) programas e projetos de tecnologia de defesa.
Em outro trecho, salienta:
Seguindo o estabelecido pelo Art. 1.IV.c da Resolução adotada na II Reunião Extraordinária de Ministros das Relações Exteriores e da Defesa da União de Nações Sul-Americanas, realizada em Quito no último dia 27 de novembro, o presente acordo contém cláusula expressa de garantias que assegura respeito aos princípios de igualdade soberana dos Estados, de integridade e inviolabilidade territorial e de não intervenção nos assuntos internos de outros Estados.
A nota do Itamaraty não fala em instalação de base militar. Trata da cooperação em equipamentos, tecnologia e treinamento. Não havia um acordo formal desde 1977, quando o general Ernesto Geisel, acusado de violações de direitos humanos, rompeu com os EUA. Ela não foi suficiente para tranquilizar o excelente Mauro Santayna, que, no dia 8, publicou o artigo Tratado indesejável , no JBOnline:
Com todas as explicações, incluídas as do Itamaraty, em nota oficial, é inconveniente o Acordo Militar que o Brasil está pronto a assinar com os Estados Unidos. Podemos firmar acordos semelhantes com países que podem comparar-se ao nosso, mas não com aquela república. É lamentável que esse tratado seja negociado pelo atual governo.
Mais adiante acrescentou:
Conviria ao ministro Nelson Jobim poupar-se de outro escolho biográfico – ele que deles anda bem servido – e explicar sua posição no episódio.
Estranhamente, no mesmo dia em que o Itamaraty divulgou a sua nota, Valenzuela, o subsecretário dos EUA para América Latina, em outra entrevista em Quito, Equador, à Ansa, agência italiana de notícias, reavivou a suspeita: “Washington está preparando a instalação de uma base militar norte-americana no Brasil para combater o narcotráfico”.
O Viomundo contatou Marco Aurélio Garcia. “O Brasil não tem discurso duplo”, respondeu por meio de sua assessoria. “Seria um contrassenso ante a forte reação brasileira às bases militares dos EUA na Colômbia. Insisto: não há menor possibilidade de isso acontecer.”